From 52dcb53b8ad4de971df2150a87ff8a2192ce4401 Mon Sep 17 00:00:00 2001
From: Silvio Rhatto <rhatto@riseup.net>
Date: Fri, 15 Jan 2016 12:35:04 -0200
Subject: [PATCH] Books

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@@ -0,0 +1,5 @@
+[[!meta title="Livros"]]
+
+Resenhas, anotações, fichamentos e divertimentos.
+
+[[!inline pages="page(books*)" archive="yes"]]
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@@ -0,0 +1,40 @@
+[[!meta title="Amor Líquido"]]
+
+* Ratos, 20.
+* Amor e criatividade, 21.
+* Amor, doação, alteridade, 24.
+* Economia moral, criatividade, rotina, anarquia, 93-96:
+
+    São essas as capacidades que constituem os esteios da "economia moral" -
+    cuidado e auxílio mútuos, viver _para_ os outros, urdir o tecido dos
+    compromissos humanos, estreitar e manter os vínculos inter-humanos, traduzir
+    direitos em obrigações, compartir a responsabilidade pela sorte e o bem-estar
+    de todos - indispensável para tapar os buracos escavados e conter os fluxos
+    liberados pelo empreendimento, eternamente inconcluso, da estruturação.
+
+    [...]
+
+    Os principais alvos do ataque do mercado são os seres humanos _produtores_.
+    Numa terra totalmente conquistada e colonizada, somente _consumidores_
+    humanos poderiam obter permissão de residência. [...] O Estado obcecado
+    com a ordem combateu (correndo riscos) a anarquia, aquela marca registrada
+    da _communitas_, em função da ameaça à rotina imposta pelo poder. O mercado
+    consumidor obcecado pelos lucros combate essa anarquia devido à turbulenta
+    capacidade produtiva que ela apresenta, assim como apo potencial para a
+    autossuficiência que, ao que se suspeita, crescerá a partir dela. É porque
+    a economia moral tem pouca necessidade do mercado que as forças deste se
+    levantam contra ela.
+
+    -- 96
+
+* Jogo, descartabilidade do humano, 111.
+* David Harvey, política local/global, 124.
+* Filantropia, verdade, Hannah Arendt, 179.
+* Diálogo, jogo, discussão 181.
+* Finale:
+
+    Na era da globalização, a causa e a política da humanidade compartilhada
+    enfrentam a mais decisiva de todas as fases que já atravessaram em sua longa
+    história.
+
+    -- 185
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+++ b/books/amor-poesia-sabedoria.mdwn
@@ -0,0 +1,3 @@
+[[!meta title="Amor, poesia, sabedoria"]]
+
+* Autor: Edgar Morin.
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+++ b/books/arte-da-vida.mdwn
@@ -0,0 +1,7 @@
+[[!meta title="Arte da vida"]]
+
+* Classe média, ansiedade, obsessão, 64, 65.
+* Utopia, distopia, novo homem, acidente, 131.
+* Terceiro homem, 157.
+* Reciprocidade, responsabilidade, 160.
+* Organização, 163.
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+++ b/books/arte-de-amar.mdwn
@@ -0,0 +1,78 @@
+[[!meta title="A Arte de Amar"]]
+
+    O homem é dotado de razão; é a vida consciente de si mesma; tem,
+    consciência de si, de seus semelhantes, de seu passado e das possibilidades de
+    seu futuro. Essa consciência de si mesmo como entidade separada, a
+    consciência de seu próprio e curto período de vida, do fato de haver nascido
+    sem ser por vontade própria e de ter de morrer contra sua vontade, de ter de
+    morrer antes daqueles que ama, ou estes antes dele, a consciência de sua
+    solidão e separação, de sua impotência ante as forças da natureza e da
+    sociedade, tudo isso faz de sua existência apartada e desunida uma prisão
+    insuportável. Ele ficaria louco se não pudesse libertar-se de tal prisão e
+    alcançar os homens, unir-se de uma forma ou de outra com eles, com o
+    mundo exterior.
+
+    -- 15
+
+    a união com o grupo é o modo predominante de superar a
+    separação, É uma união em que o ser individual desaparece em ampla escala,
+    em que o alvo é pertencer ao rebanho. Se sou como todos os mais, se não
+    tenho sentimentos ou pensamentos que me façam diferentes, se estou em
+    conformidade com os costumes, idéias, vestes, padrões do grupo, estou salvo;
+    salvei-me da terrível experiência da solidão. 
+
+    -- 18
+
+    não importando que esse uso fosse cruel ou “humano”.
+    Na sociedade capitalista contemporânea, o significado de igualdade
+    transformou-se. Por igualdade, faz-se referência à igualdade dos autômatos,
+    dos homens que perderam sua individualidade. Igualdade, hoje significa
+    “mesmice”, em vez de “unidade”. É a mesmice das abstrações, dos homens
+    que trabalham nos mesmos serviços, têm as mesmas diversões, lêem os
+    mesmos jornais, experimentam os mesmos sentimentos e as mesmas idéias.
+
+    [...]
+
+    A sociedade contemporânea advoga esse ideal de igualdade não individualizada,
+    porque necessita de átomos humanos, cada qual o mesmo, a fim de fazê-los
+    funcionar numa agregação de massa, suavemente, sem fricções, obedecendo todos
+    ao mesmo comando e, contudo, convencido cada qual de estar seguindo seus
+    próprios desejos. Assim como a moderna produção em massa exige a padronização
+    dos artigos, também o processo social requer a padronização do homem, e tal
+    padronização é chamada “igualdade”.
+
+    -- 20
+
+    Mesmo seu funeral, que ele antevê como o último de seus grandes eventos
+    sociais, está em estreita conformidade com os padrões.  Além da conformidade
+    como meio de aliviar a ansiedade que nasce da
+
+    -- 21
+
+    Quase não é necessário acentuar o fato de que a capacidade de dar
+    depende do desenvolvimento do caráter da pessoa. Pressupõe o alcançamento
+    de uma orientação predominantemente produtiva; nessa orientação a pessoa
+    superou a dependência, a onipotência narcisista, o desejo de explorar os
+    outros, ou de amealhar, e adquiriu fé em seus próprios poderes humanos,
+    coragem de confiar em suas forças para atingir seus alvos. No mesmo grau em
+    que faltarem essas qualidades é ela temerosa de dar-se — e, portanto, de amar.
+
+    -- 27
+
+    Cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento são mutuamente
+    interdependentes. Constituem uma síndrome de atitudes que vamos encontrar
+    na pessoa amadurecida, isto é, na pessoa que desenvolve produtivamente seus
+    próprios poderes, que só quer ter aquilo por que trabalhou, que abandonou os
+    sonhos narcisistas de onisciência e onipotência, que adquiriu humildade
+    alicerçada na força íntima somente dada pela genuína atividade produtiva.
+    Até aqui falei do amor como a superação da separação humana, como o
+
+    -- 31
+
+    Problema: considera o homossexualismo como desvio e fracasso.
+
+    -- 32
+
+    Segurança, prisão.
+
+    -- 93
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--- /dev/null
+++ b/books/enamoramento-amor.mdwn
@@ -0,0 +1,56 @@
+[[!meta title="Enamoramento e Amor"]]
+
+    Em todos os períodos históricos que antecedem um movimento social,
+    em todas as histórias pessoais que antecedem um enamoramento, há
+    sempre uma grande preparação em consequência de uma mutação, de uma
+    deterioração nas relações com as coisas amadas. Nesses períodos, os
+    velhos mecanismos, o de depressão e o de perseguição, continuam
+    funcionando. Protegemos com toda a força o nosso ideal, escondendo
+    o problema. A consequência é que o movimento coletivo (o enamoramento)
+    golpeia sempre de improviso. Era uma pessoa tão gentil e afetuosa, diz
+    o marido (ou a mulher) abandonado. Era tão feliz comigo, pensa. Na
+    realidade, ela já estava procurando uma alternativa, só que a rejeitava
+    obsessivamente.
+
+    -- págs. 16-17
+
+    As pessoas enamoradas (e muitas vezes ambas conjuntamente) revêem o passado
+    e se dão conta de que o que aconteceu foi assim porque, naquele momento,
+    fizeram opções, que elas quiseram e agora não querem mais. O passado
+    não é negado nem oculto, é privado de valor. É verdade que amei e odiei meu marido,
+    mas não o odeio mais; enganei-me, mas posso mudar. Então o passado se configura
+    como pré-história, e a verdadeira história começa agora. Desse modo terminam
+    o ressentimento, o rancor e o desejo de vingança. [...] Seu passado adquiriu
+    outro significado à luz de seu novo amor. No fundo, pode até continuar gostando
+    do marido ou da mulher justamente por estar apaixonada. A alegria desse amor a torna
+    dócil, meiga, boa. É geralmente a outra pessoa enamorada que não aceita esse
+    fato, que não acredita nele.
+
+    -- pág. 19
+
+    Por exemplo, ele diz que me ama, mas não me leva com ele na sua vida,
+    coloca-me à parte do seu trabalho; quando ele viaja, não viaja comigo;
+    quer confinar-me à figura da amante que se encontra que se encontra de
+    vez em quando, da amante silenciosa que ama à sombra. Ele continua a ser
+    o mesmo, não pôe em risco suas relações, mantendo-as todas. Eu tenho de
+    ser somente seu refúgio secreto, devo reduzir minha vida a um esperar
+    que venha quando bem quiser, de acordo com as regras que se atribui.
+    Não, não posso aceitar isso; para mim, isso é um não-viver. Para outra
+    mulher, poderia ser, teria sido também para mim no passado, mas agora não.
+    Agora quero uma vida plena. Agora peço-lhe coisas: ''Posso ir com você?''
+    Minha pergunta é uma prova. Se responde que não, quer dizer que me afasta
+    para onde eu não posso existir.
+    
+    -- pág. 61
+
+    No início, vai procurar lutar, conquistá-lo com o fascínio, com todos os
+    cuidados e dedicação, mudando sua própria maneira de ser, mas quando
+    compreender que o ser amado não o ama mais, não lhe resta mais nada a
+    fazer senão empunhar a espada da separação. A força que lhe resta permite-lhe
+    cortar as mãos que se estendem até esse ser querido, cegar os olhos que o
+    procuram por toda a parte. Pouco a pouco, para não mais desejar a quem amou,
+    deverá encontrar nele razões para se desenamorar; deverá procurar refazer
+    o que viveu, cobrindo de ódio tudo aquilo que foi. O ódio será sua tentativa de
+    destruir o passado, mas é um ódio impotente
+    
+    -- pág. 67
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--- /dev/null
+++ b/books/livro-da-dor-e-do-amor.mdwn
@@ -0,0 +1,98 @@
+[[!meta title="O Livro da Dor e do Amor"]]
+
+    A imagem do ser perdido não deve se apagar; pelo
+    contrário, ela deve dominar até o momento em que — graças ao luto
+    — a pessoa enlutada consiga fazer com que coexistam o amor pelo
+    desaparecido e um mesmo amor por um novo eleito. Quando essa
+    coexistência do antigo e do novo se instala no inconsciente, podemos
+    estar seguros de que o essencial do luto começou.
+
+    -- 13
+
+    Eu também estava surpreso de ter
+    expresso espontaneamente, em tão poucas palavras, o essencial da
+    minha concepção de luto, segundo a qual a dor se acalma se a pessoa
+    enlutada admitir enfim que o amor por um novo eleito vivo nunca
+    abolirá o amor pelo desaparecido.
+
+    -- 14
+
+    dar um sentido à dor do outro significa, para o psicanalista,
+    afinar-se com a dor, tentar vibrar com ela, e, nesse estado de resso-
+    nância, esperar que o tempo e as palavras se gastem.
+
+    -- 16
+
+    Ao longo destas páginas, gostaria de transmitir o que eu próprio aprendi,
+    isto é, que a dor mental não é necessariamente patológica; ela baliza
+    a nossa vida como se amadurecêssemos a golpes de dores sucessivas.
+
+    -- 17-18
+
+    Para quem pratica a psicanálise, revela-se com toda a evidência —
+    graças à notável lente da transferência analítica — que a dor, no coração
+    do nosso ser, é o sinal incontestável da passagem de uma prova. Quando
+    uma dor aparece, podemos acreditar, estamos atravessando um limiar,
+    passamos por uma prova decisiva. Que prova? A prova de uma
+    separação, da singular separação de um objeto que, deixando-nos súbita
+    e definitivamente, nos transtorna e nos obriga a reconstruir-nos.
+
+    -- 18
+
+    O luto
+    do amado é, de fato, a prova mais exemplar para compreender a natureza
+    e os mecanismos da dor mental. Entretanto, seria falso acreditar que a
+    dor psíquica é um sentimento exclusivamente provocado pela perda de
+    um ser amado. Ela também pode ser dor de abandono, quando o amado
+    nos retira subitamente o seu amor; de humilhação quando somos
+    profundamente feridos no nosso amor-próprio; e dor de mutilação
+    quando perdemos uma parte do nosso corpo. Todas essas dores são,
+    em diversos graus, dores de amputação brutal de um objeto amado, ao
+    qual estávamos tão intensa e permanentemente ligados que ele regulava
+    a harmonia do nosso psiquismo. A dor só existe sobre um fundo de amor.
+
+    -- 18
+
+    Antes de tudo, a dor é um afeto, o derradeiro
+    afeto, a última muralha antes da loucura e da morte. Ela é como que
+    um estremecimento final que comprova a vida e o nosso poder de nos
+    recuperarmos. Não se morre de dor. Enquanto há dor, também temos
+    as forças disponíveis para combatê-la e continuar a viver. É essa noção
+    de dor-afeto que vamos estudar nos primeiros capítulos.
+
+    -- 19-20
+
+    Quer se trate de uma dor corporal provocada por uma lesão dos
+    tecidos ou de uma dor psíquica provocada pela ruptura súbita do laço
+    íntimo com um ser amado, a dor se forma no espaço de um instante.
+    Entretanto, veremos que a sua geração, embora instantânea, segue um
+    processo complexo. Esse processo pode ser decomposto em três tem-
+    pos: começa com uma ruptura, continua com a comoção psíquica que
+    a ruptura desencadeia, e culmina com uma reação defensiva do eu para
+    proteger-se da comoção. Em cada uma dessas etapas, domina um
+    aspecto particular da dor.
+
+    -- 20
+
+    Como diferencia ele cada um desses afetos? Propõe o
+    seguinte paralelo: enquanto a dor é a reação à perda
+    efetiva da pessoa amada, a angústia é a reação à
+    ameaça de uma perda eventual.
+
+    -- 27
+
+    Mas qual é essa reação? Diante do transtorno pul-
+    sional introduzido pela perda do objeto amado, o eu
+    se ergue: apela para todas as suas forças vivas —
+    mesmo com o risco de esgotar-se — e as concentra
+    em um único ponto, o da representação psíquica do
+    amado perdido. A partir de então, o eu fica inteira-
+    mente ocupado em manter viva a imagem mental do
+    desaparecido. Como se ele se obstinasse em querer
+    compensar a ausência real do outro perdido, magnifi-
+    cando a sua imagem. O eu se confunde então quase
+    totalmente com essa imagem soberana, e só vive
+    amando, e por vezes odiando a efígie de um outro
+    desaparecido.
+
+    -- 28
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index 0000000..c59d943
--- /dev/null
+++ b/books/puzzle-palace.mdwn
@@ -0,0 +1,47 @@
+[[!meta title="Puzzle Palace"]]
+
+    The key to the legislation could have been dreamed up by Franz Kafka: the
+    establishment of a supersecret federal court.  Sealed away behind a
+    cipher-locked door in a windowless room on the top floor of the Justice
+    Department building, the Foreign Intelligence Surveillance Court is most
+    certainly the strangest creation in the history of the federal Judiciary. Its
+    establishment was the product of compromises between legislators who wanted the
+    NSA and FBI, the only agencies affected by the FISA, to follow the standard
+    procedure of obtaining a court order re- quired in criminal investigations, and
+    legislators who felt the agencies should have no regulation whatsoever in their
+    foreign intelligence surveillances.
+    
+    [...]
+    
+    Almost unheard of outside the inner sanctum of the intelligence
+    establishment, the court is like no other. It sits in secret session, holds no
+    adversary hearings, and issues almost no public opinions or reports. It is
+    listed in neither the Government Organization Manual nor the United States
+    Court Directory and has even tried to keep its precise location a secret. "On
+    its face," said one legal authority familiar with the court, "it is an affront
+    to the traditional American concept of justice."
+
+    -- page 453
+
+    [...]
+
+    Then there is the last, and possibly most intriguing, part of the definition,
+    which stipulates that NSA has not "acquired" anything until the communication
+    has been processed "into an intelligible form intended for human inspection."
+    NSA is there- fore free to intercept all communications, domestic as well as
+    foreign, without ever coming under the law. Only when it selects the "contents"
+    of a particular communication for further "proc- essing" does the FISA take
+    effect.
+
+    -- page 458
+
+    Like most things in Britain, the practice of eavesdropping is
+    deeply rooted in tradition and probably dates back at least to
+    1653. In that year Lord Thurloe created what was known as
+    "The Secret Office," which specialized in clandestinely opening
+    and copying international correspondence. That custom later
+    carried over to telegrams and finally the telephone shortly after
+    it was first introduced in England in 1879.
+
+    -- page 487
+
diff --git a/books/sociedade-contra-o-estado.mdwn b/books/sociedade-contra-o-estado.mdwn
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--- /dev/null
+++ b/books/sociedade-contra-o-estado.mdwn
@@ -0,0 +1,18 @@
+[[!meta title="A sociedade contra o Estado"]]
+
+    Se entendermos por técnica o conjunto dos processos de que se munem os homens,
+    não para assegurarem o domínio absoluto da natureza (isso só vale para o nosso
+    mundo e seu insano projeto cartesiano cujas consequências ecológicas mal
+    começamos a media), mas para garantir um domínio do meio natural _adaptado e
+    relativo às suas necessidades_, então não mais podemos falar em inferioridade
+    técnica das sociedades primitivas: elas demonstram uma capacidade de satisfazer
+    suas necessidades pelo menos igual àquela de que se orgulha a sociedade
+    industrial e técnica.
+    
+    [...]
+    
+    Não existe portanto hierarquia no campo da técnica, nem tecnologia superior
+    ou inferior; só se pode medir um equipamento tecnológico pela sua capacidade
+    de satisfazer, num determinado meio, as necessidades da sociedade.
+    
+    -- 203
diff --git a/events/2011/esc.mdwn b/events/2011/esc.mdwn
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--- a/events/2011/esc.mdwn
+++ b/events/2011/esc.mdwn
@@ -1,5 +1,4 @@
-Espectro livre, radio digital e rádio definido por software (SDR) - ESC 2011
-============================================================================
+[[!meta title="Espectro livre, radio digital e rádio definido por software (SDR) - ESC 2011"]]
 
 A grande sacada do SDR é justamente a separação entre o hardware e o software,
 transformando o rádio num periférico de um sistema computacional.
-- 
GitLab